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Atendimento psicológico faz a diferença para enfrentar situações adversas

Por: LÊ NOTÍCIAS
25/05/2020 10:15
Unochapecó Eduarada Lays Rossato é egressa do curso de psicologia da turma de 2012 Eduarada Lays Rossato é egressa do curso de psicologia da turma de 2012

Em tempos de Covid-19, o mundo inteiro se vê em alerta para combater um vírus que assusta a sociedade. O isolamento, as perdas de entes queridos, a ansiedade e o próprio medo de se contagiar podem afetar a saúde mental de toda a população. Na linha de frente, para minimizar os efeitos da pandemia, junto aos médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros profissionais que oferecem atendimento humanitário e conforto às pessoas, estão os psicólogos. Eles alteraram suas rotinas e metodologias de atendimento para minimizar os efeitos da pandemia.

Eduarda Lays Rossato, egressa do curso de Psicologia da Unochapecó, viu sua rotina de trabalho se modificar após o crescimento de casos de coronavírus no Brasil. “Tenho feito o máximo para manter atendimentos online. Me desloco até o consultório e realizo os atendimentos de lá. Também organizei meu escritório no apartamento onde moro para esta finalidade, caso seja necessário”. Desde 2018, a psicoterapia pode ser realizada via internet. O atendimento online foi regulamentado com a aprovação da resolução 11/2018, pelo Conselho Federal de Psicologia. Até então, a prática era permitida apenas para fins de pesquisa e até 20 sessões para situações de acompanhamento terapêutico.

Dificilmente alguém imaginou que viveria uma situação como essa. No entanto, Eduarda afirma que o curso a preparou também para lidar com questões adversas. “Me sinto preparada para atuar nos mais diferentes contextos, devido o embasamento com foco em psicologia social que o curso oferece. Tanto que fui voluntária junto às famílias na tragédia da Chapecoense em 2016”, lembra.

Ela percebe no dia a dia de trabalho que a pandemia agravou a frequência e intensidade dos sintomas de ansiedade e depressão, tanto em quadros mais estáveis, quanto em situações já delicadas anteriormente. “Vejo uma dificuldade geral de estudantes para se adaptar com as aulas online e para profissionais das mais diversas áreas em conciliar o home office com a família, principalmente quando há filhos. Percebo que os níveis de ansiedade e depressão também aumentam, na medida que a rotina em quarentena não permite atividades de lazer e esporte”.

Estamos vivendo em uma espécie de ‘prisão’, privados de muitas coisas importantes, mas é preciso dar um sentido diferente, diminuir o desconforto desta experiência, e a dica de Eduarda é se cobrar menos. “Por exemplo, se agora você não estiver dando conta da mesma quantidade de trabalho que antes, tudo bem, se trate com gentileza. Se antes você fazia uma hora de atividade física por dia e agora faz 20 ou 30 minutos, você já está fazendo algo. A prioridade é não deixar de se cuidar nesse momento, e buscar maneiras criativas de obter lazer é altamente recomendado. Algo diferente para diminuir o desconforto desta experiência”, frisa a psicóloga.

PREPARAÇÃO

O curso de Psicologia da Unochapecó tem uma história sólida de 23 anos. Formado por um corpo docente de mestres e doutores com formação acadêmica especializada para ministrar as disciplinas e com atividades para além da docência. Essa atuação no mercado de trabalho faz com que a realidade profissional seja trazida para dentro da sala de aula, e que os estudantes possam ter noção do mercado e inovar quando lá estiverem.

Em todas as áreas ou contextos em que a psicologia atua como profissão, estão surgindo movimentos frente à situação da pandemia, seja de orientação em saúde mental, assistência social, na área educação e até mesmo em casos de emergências humanitárias. A coordenadora do curso de Psicologia da Unochapecó, professora Maria Carolina Moesch, ressalta que a Uno foi uma das primeiras instituições de Santa Catarina a ter o componente de Psicologia nas Emergências e nos Desastres, ainda nas matrizes de 2010. Essa disciplina é ofertada como componente curricular eletivo, que trata de questões humanitárias para formar um profissional mais preparado para situações atípicas.

Além dessa disciplina, o curso de Psicologia preza pelas orientações do Conselho Federal de Psicologia, e trata sobre a temática como um tema transversal à formação do psicólogo, ou seja, em diferentes componentes curriculares esse assunto é levantado. “Por exemplo, no segundo período trabalhamos o conteúdo sobre luto e no sexto período temos o estágio de Psicologia Social, que atua nas políticas públicas em diferentes intervenções, incluindo emergências humanitárias”, comenta Maria Carolina.


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