Em um país minimamente sério, se ocorre de alguém da comitiva presidencial ser flagrado no exterior com 39 kg de cocaína, tal qual ocorreu ano passado no pouso na Espanha de aeronave da comitiva do presidente Bolsonaro, troca-se todo o comando de segurança, a começar pela cúpula.
Aqui bastou memes querendo justificar que o militar-traficante era de staff de governos anteriores. O que soa retumbante mais um ato de incompetência, pois se pertencia a quadro de Governo anterior e adversário, por mais razão não deveria estar no staff íntimo deste. Mas a “desculpa” colou, o lance é entoar o mantra “era comunista infiltrado” que satisfaz de pronto a manada de obtusos.
Não bastasse tal falha homérica de Segurança, quem entra com 39 kg de pó, entra com explosivos, o que denota a (in)segurança que a equipe do Governo é capaz de oferecer ao Presidente, a questão chegou a ponto tal que o presidente continua a reclamar da falta de segurança sua e de sua família (compreensível no ponto, sem adentrar na bola dividida de querer usar como alguns dizem a PF para isso...).
Daí então, para ver como a vida guarda pouca lógica com os fatos em si, o chefe do GSI, General Heleno, cujas falhas na segurança do Presidente pelo próprio são propaladas, continua homem forte do Governo, e aproveita o ensejo recentemente para distorcer fatos, utilizando-se de um pedido (não de uma decisão) para fazer ameaça velada ao STF como se o pedido já tivesse sido acolhido, ou seja, usa do cargo para jogar para torcida de forma minimamente ética ou republicana, um escárnio na verdade.
Segurança que é seu dever ao presidente, que é bom nada, não é não, General Heleno? Quem diz isso é ele, antes de mim, só não entendo por que não demite um incompetente deste!
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