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04 de abril: feriado nacional

Por: Frei Luiz Iakovacz
29/03/2017 10:25 - Atualizado em 29/03/2017 10:25
 Os generais Armando da Cruz Neto (FAA) e Abreu Muengo "Kamorteiro" (FALA) assinaram o acordo de paz (Foto: Divulgação/LÊ) Os generais Armando da Cruz Neto (FAA) e Abreu Muengo "Kamorteiro" (FALA) assinaram o acordo de paz (Foto: Divulgação/LÊ)

Essa data é muito festejada pelo povo angolano. Afinal, depois de 41 anos de guerra, foi concretizado o Tratado de Paz, aos 04 de abril de 2002, na cidade de Lwena e ratificado em Luanda, capital do país.

De 1961 a 1975, Angola lutou pela sua Independência. Esta foi proclamada em 11 de novembro de 1975, mas, logo, seguiu-se uma Guerra Civil que durou 27 anos. O motivo foi a luta pelo poder entre, praticamente, dois partidos: MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) e UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola).

O primeiro era apoiado pela Rússia e Cuba, o outro pela África do Sul e Estados Unidos. As ideologias entre Oriente Ocidente alastravam-se em quase todos os países africanos. E, em Angola, a “Guerra Fria” tornou-se uma “guerra quente”.

Estima-se 500.000 mortes em consequência das batalhas e da fome. Segundo a ONU, mais de 600.000 angolanos refugiaram-se no estrangeiro e, aproximadamente, quatro (04) milhões dispersaram-se pelas regiões do país, especialmente, aquelas que ofereciam maior segurança.

Angola ficou, completamente, arrasada em suas infraestruturas. A maior ferida, porém, ficou no coração do povo: o trauma pela guerra! Tanto assim que, ainda hoje, após 15 anos de paz, ninguém quer falar dela. Dizia-se entre os políticos e povo: “O que mais queremos é a paz! Paz para todo o povo viver bem, comer bem e trabalhar bem”.

Este grito constituiu-se em esperança para muitos países africanos, mas ainda “há um longo caminho a percorrer” (1Rs 19,7).

Hoje, assim como no passado, Angola possui três grandes riquezas naturais: petróleo, diamantes e pesca marítima. O povo, porém, não usufrui desses bens. Segundo analistas, a corrupção capeia entre uma seleta elite.

Porém, há boas iniciativas agrícolas e o surgimento de indústrias.

Em agosto, haverá eleições presidenciais que se realizam de cinco em cinco anos. Até agora, quem governou foi o MPLA. O primeiro presidente foi Agostinho Neto (1975 – 1979) e, seu sucessor, José Eduardo dos Santos que está no poder até hoje (37 anos). Não irá concorrer nesta eleição, mas seu candidato João Lourenço será seu provável sucessor.

No Evangelho, Jesus tem uma doutrina clara sobre os dirigentes das nações e lideranças religiosas, quando, os apóstolos discutiam quem seria o maior. Ele diz: “Sabeis que os governantes das nações as dominam e seus grandes as tiranizam. Entre vós, porém, não deve ser assim. Quem quiser se o maior, seja o menor e o servidor de todos” (Mc 10,42-43).



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