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Entrevista | Homem do presidente em SC, Jorginho Mello articula atenção de Bolsonaro ao Estado

Por: Marcos Schettini
03/07/2020 16:39 - Atualizado em 03/07/2020 16:40
Geraldo Magela/Agência Senado

Com forte influência junto ao presidente da República, o senador Jorginho Mello tem sucessivas vitórias eleitorais que o credenciam como forte candidato ao Governo do Estado em 2022. Articulador da visita de Jair Bolsonaro neste sábado para sobrevoar os estragos causados pelo ciclone bomba, o presidente do PL não nega o desejo de ser governador, mas afirma que o momento é de trabalhar para buscar o amparo necessário que Santa Catarina merece.

Em entrevista exclusiva concedida ao jornalista Marcos Schettini, o congressista falou do seu empenho no Senado para aprovar o Pronampe e auxiliar micro e pequenas empresas nestes tempos de pandemia. Ainda, comentou das metas do Partido Liberal em novembro e afirmou que o Supremo Tribunal Federal às vezes exagera na dose, querendo legislar. Confira:


Marcos Schettini: Como o Sr. vê o impeachment do governador Carlos Moisés e da vice Daniela Reinehr?

Jorginho Mello: A vice-governadora Daniela Reinehr não tem nada a ver com esse episódio. Em relação ao governador, eu não gostaria de ver o impeachment de ninguém. Sempre torço para que a coisa dê certo. Eu acho impeachment um remédio muito amargo. Não gostaria que ninguém estivesse nessa posição, até porque isso prejudica -e muito - a imagem de Santa Catarina.


Schettini: A cassação deve ser em qual direção?

Jorginho: Caso isso ocorra, eu vejo que o processo tem que cumprir o que determina a lei. Tem que cumprir os trâmites regimentais e legais. Não é simplesmente cassar. Mesmo que a gente saiba que um impeachment é uma questão muito mais política do que jurídica, o componente jurídico tem que existir, caso contrário não tem fundamento.


Schettini: O Cel. Araújo foi derrubado da indicação para a Secretaria Nacional da Segurança Pública por quê?

Jorginho: Não sei o motivo, não faço a mínima ideia. Foi uma grande perda para Santa Catarina.


Schettini: O Sr. é candidato a governador em quais circunstâncias no atual momento de SC?

Jorginho: Por diversas vezes, já manifestei que gostaria de, um dia, ser governador de Santa Catarina. Mas nesse momento estou focado em fortalecer o diálogo junto ao Governo Federal para ajudar Santa Catarina nos seus principais pleitos. O futuro a Deus pertence.

Schettini: O PL tem quais planos para as eleições municipais?

Jorginho: Temos um projeto arrojado. Atualmente, contamos com 285 vereadores, 17 prefeitos, 53 vices e 90% das cidades no Estado têm um diretório do Partido Liberal. Então, nessas eleições temos planos de aumentar esses números consideravelmente, elegendo mais de 500 vereadores, 40 prefeitos e 90 vices. Nesta última janela, nós fomos o partido que mais recebeu novas filiações e estamos crescendo. Com muita humilde, honestidade e seguindo no caminho para se consolidar cada vez mais. Isso tudo, claro, é o resultado do trabalho sério de várias lideranças em toda Santa Catarina.


Schettini: Qual é a agonia vivida pelos prefeitos?

Jorginho: Na realidade, os prefeitos estão é muito preocupados. Pensam que o adiamento das eleições em um mês não vai resolver a questão da saúde e ainda vai gerar dificuldades financeiras. Temem que falte dinheiro para honrar compromissos, como a folha de pagamento. E todo mundo sabe que falha nos pagamentos dos servidores, em época de eleição, gera um grande desgaste e aumenta a chance de quem está no cargo perder as eleições.

Schettini: O Sr. é autor de várias leis nesta pandemia. Quais são elas?

Jorginho: Eu tenho trabalhado muito para ajudar as micro e pequenas empresas nessa pandemia. Como presidente da frente parlamentar que representa a categoria, é um privilégio ser autor da lei 13999/2020, que estabelece o Pronampe. Um programa dos sonhos para o micro e pequenos empresários no Brasil. Com juros decentes, sem a necessidade de avalistas e com um longo prazo de carência. Os bancos ficaram devendo em agilidade e alguns criaram muita dificuldade. Mas estamos pressionando e o crédito está destravando. O Banco do Brasil anunciou que começou a operar o crédito. Além do Pronampe, lancei o projeto dos Certificados de Recebíveis Estudantis, que vem em boa hora para socorrer as instituições de ensino, que estão e vão passar por dificuldades. Toda a minha trajetória sempre foi muito ligada a ajudar os pequenos negócios: liderei a aprovação do novo Super Simples, reduzindo tributos para o setor; a lei do Refis, que parcelou débitos dos micro e pequenos empresários mantendo milhares de negócios e empregos, e criei a lei que instituiu a Empresa Simples de Crédito, um sucesso, que permite que o cidadão comum possa emprestar o dinheiro que tem na conta ou poupança, tudo de forma legalizada, tirando a exclusividade dos bancos.


Em março, Jorginho Mello integrou comitiva presidencial em viagem de Bolsonaro aos EUA (Foto: Divulgação)

Schettini: Se o auxílio emergencial conta erros e acertos, qual é o futuro da economia?

Jorginho: O auxílio emergencial é uma ajuda importante de socorrer as pessoas nesse momento de pandemia. Nesse momento é que o governo precisa ser forte para atender os brasileiros, nossos irmãos. Então, tem muito mais acertos do que erros. Houve casos de pessoas que não precisavam e receberam o auxílio, isso não é ser brasileiro, mas infelizmente aconteceu. Mas essa ajuda é altamente positiva para fazer a economia girar, num momento muito delicado.


Schettini: Qual sua avaliação do Governo Federal?

Jorginho: A minha avaliação é muito boa. O presidente Bolsonaro tem tido uma luta constante para vencer preconceitos e tabus, para quem não aceita a eleição dele, que foi maiúscula: só em Santa Catarina ele fez 75% dos votos. Ele é um homem probo, um homem sério, e tenho a melhor das impressões. E nós vamos superar essas dificuldades.

Schettini: A democracia é atacada ou é fake news?

Jorginho: A democracia não é atacada. Os três poderes estão funcionando, infelizmente o Supremo Tribunal Federal, em alguns momentos, exagera na dose, querendo legislar. Ativismo judicial tem que ser brecado. Ele precisa proteger a Constituição. Não pode ficar inventando lei, a seu bel-prazer. Estamos fazendo um esforço enorme para acalmar os ânimos, para que cada um dos três poderes possa ajudar o Brasil. A democracia é sólida, apesar de ser nova, e não haverá nenhum risco e prejuízo a ela.


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