A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc) realizou levantamento das ações de pesquisa e extensão realizadas por instituições de ensino catarinenses para combater a pandemia de Covid-19 e seus efeitos. Estão em andamento agora ao menos 188 trabalhos. O número de projetos deve aumentar significativamente com o lançamento do Programa Universal de Pesquisa, que irá destinar R$ 4 milhões para todas as áreas do conhecimento.
Atualmente, são realizados 118 projetos de combate ao Covid-19 na área da saúde, que abordam desde prevenção até tratamento da doença. Completam a lista ainda 37 ações na área de proteção social, 17 de proteção econômica e 16 na educação. Totalizando assim 98 pesquisas e 90 atividades de extensão.
O presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, reforça a participação da fundação para fomentar alguns desses projetos. “Com recursos do Governo do Estado temos apoiado pesquisadores, instituições, universidades e empresas. Vamos manter e ampliar esse tipo de apoio em nossa gestão”, comenta.
Foram cinco projetos aprovados no edital 06/2020 que destinou R$ 500 mil para pesquisas de combate à Covid-19 e o edital 05/2020 que contemplou com bolsas de pós-doutorado e mestrado as seis propostas de estudos que foram selecionadas pelo CNPq, além de pesquisas realizadas por universidade do Estado e outros órgãos estaduais.
DIVERSIDADE DE AÇÕES
Além dos grandes projetos, que envolvem a produção de vacinas, de testes rápidos ou de estudos sobre as condições dos pacientes, há também outras ações que impactam no dia a dia do controle da doença.
Professores e alunos criam máscaras de proteção aos profissionais da saúde e dão suporte técnico realização de testes de Covid-19. Assim como desenvolvem tecnologias que ajudam em tratamentos e na tomada de decisões para conter a pandemia.
A segunda área com mais ações é a proteção social, com pesquisas que envolvem desde a análise da situação das famílias catarinenses durante esse período até as condições psicológicas e comportamentais causadas pela pandemia. Já os programas de extensão estão relacionados à produção e distribuição de produtos às comunidades mais vulneráveis, como álcool gel, máscaras ou mesmo sabão.
Na área educação, há desenvolvimento de sistemas para aulas a distância e compartilhamento de informações para apoiar o ensino de crianças em casa. Enquanto na proteção econômica, os pesquisadores estão focados em medidas para melhoria nas condições do trabalho em casa, proteção das cadeias produtivas e de mobilidade.
PESQUISAS EM DIFERENTES EM INSTITUIÇÕES
Segundo o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapesc, Amauri Bogo, a fundação teve um importante papel de fomento à ciência e o combate ao Covid-19 em Santa Catarina. “Nós tivemos uma demanda muito grande. Confirmamos que a Fapesc possui uma forte inserção dentro desse ecossistema. Não somente como era vista, como agência de fomento, mas como um elo das novas propostas e demandas que o Estado precisa”, comenta.
Já a gerente de Ciência e Pesquisa da Fapesc, Deborah Bernett Leal da Silva, destaca que os investimentos em pesquisa que no ano passado chegaram a R$ 42 milhões com recursos próprios e em parcerias com outras instituições. “Apoiar redes e grupos integrados significa fortalecer o ecossistema de ciência, tecnologia e inovação. E isso se faz por meio de investimento em recursos humanos e em pesquisa aplicada diretamente ao desafio da sociedade”, afirma Deborah.
Segundo a gerente, mesmo durante a pandemia, a Fapesc mantém o diálogo frequente com a comunidade científica e está à disposição de pesquisadores.
MAIS RECURSOS
O número de projetos relacionados ao Covid-19 em Santa Catarina deve aumentar com o lançamento feito pela Fapesc do Programa de Pesquisa Universal. Serão destinados R$ 4 milhões para todas as áreas de conhecimento. Podem ser contemplados até 200 projetos com recursos que variam de R$ 20 mil a R$ 80 mil.
As inscrições vão até 23 de setembro na plataforma da Fapesc http://plataforma.fapesc.sc.
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