Percorrendo por todo Estado para repassar as diretrizes necessárias com objetivo de fortalecer o PSDB em Santa Catarina, Geovania de Sá constrói laços importantes para que os tucanos tenham um resultado respeitável nas eleições de novembro.
Articulando candidaturas em municípios de todas regiões de SC, a deputada federal acredita na formação política dos membros do partido para conquistar o maior número possível de prefeituras e cadeiras nos legislativos municipais.
Há 10 meses no comando do PSDB catarinense, a parlamentar concilia os trabalhos no Congresso Nacional com as funções partidárias nos quatro cantos do Estado. Em entrevista exclusiva ao jornalista Marcos Schettini falou de seu recente projeto de lei protocolado na Câmara do Deputados, comentou sobre reforma tributária e destacou a importância do papel da mulher na política. Confira:
Marcos Schettini: A Sra. elaborou um projeto interessante para o SUS. Como ele funciona?
Geovania de Sá: O PL 3918/2020 institui o Programa Nacional de Apoio à Atenção Cirúrgica no Sistema Único de Saúde (Pronacsus), com a finalidade de captar recursos para a realização de procedimentos cirúrgicos. De acordo com a proposta, tais recursos são canalizados por meio de doações de pessoas físicas ou jurídicas. Claro que o Art. 196 da Constituição Federal prevê que a saúde é direito de todos e dever do Estado, mas as doações somariam força ao processo. O cidadão e sua família aguardariam, por muito menos tempo, aquela cirurgia tão necessária.
Schettini: Significa mais impostos?
Geovania: Pelo contrário, pessoas jurídicas e pessoas físicas abateriam um percentual nas declarações de ajuste do imposto de renda anual.
Schettini: A Sra. é a favor de ricos pagarem mais impostos?
Geovania: Sou a favor que o imposto seja proporcional à renda. Neste sentido, quem ganha mais, naturalmente, pagaria mais.
Schettini: A reforma tributária deve seguir qual linha?
Geovania: Há debates sobre a reforma tributária desde 1995. O modelo existente é de 1988, ou seja, de 32 anos atrás. Obviamente, a realidade mudou e temos o dever de atualizá-lo. Queremos mais investimentos no Brasil, mais negócios, mais empregos. Um modelo tributário justo para todos.
Schettini: O PSDB não afrouxou na defesa do vice João Batista Nunes continuar na chapa de Gean Loureiro?
Geovania: Eles exerceram um bom trabalho à frente da prefeitura. O João continua sendo pré-candidato a vice do Gean Loureiro, sim.
Schettini: Qual é o papel da mulher nestas eleições? O que ela precisa defender?
Geovania: A mulher sempre teve um papel fundamental no processo das eleições. Ela sempre trabalhou fortemente para eleger seus candidatos. O que mudou, e isso é excelente, é que hoje ela está disputando. Temos muito mais mulheres candidatas. Temos cidades onde a cota de gênero é invertida. Em Timbó, os 30% ficaram com os homens. O que precisamos defender, e cada vez mais, é que, se somos mais de 50% dos eleitores, devemos refletir este número em todos os âmbitos: municipais, estaduais e federal.
Schettini: É difícil ser mulher em Brasília mesmo às vezes presidindo a Mesa da Câmara?
Geovania: Ainda há preconceito, mas ele é cada vez menor. A cada pleito, vamos aumentando o número de parlamentares mulheres e conquistando o respeito de todos. Já demonstramos que somos capazes. Não queremos o lugar dos homens, nem sermos melhores que eles. O que pretendemos é estarmos ao lado deles, construindo um país melhor para todas as famílias brasileiras.
Schettini: A eleição 2020 será um divisor de águas entre 2018 e 2022?
Geovania: Este processo eleitoral já é completamente diferente de tudo que vivemos até aqui e também deve mudar o que virá nos próximos anos. Os candidatos precisam se reinventar e o cidadão precisa estar ainda mais conectado para acertar na escolha de quem irá lhe representar no Executivo e na Câmara Municipal.
Schettini: Como anda o tucanato em SC?
Geovania: A todo vapor. Estamos realizando debates e formações políticas virtuais durante todo este período de combate à pandemia. Com muito cuidado, estou percorrendo todo o estado, indo aos municípios, reunindo nossos tucanos, estimulando novas candidaturas e esclarecendo as dúvidas referentes a esta eleição completamente atípica que se aproxima. Até agora, já somamos 140 pré-candidatos a prefeito e mais de 30 para vice-prefeito, por exemplo, e estamos cada vez mais satisfeitos. Temos grandes projetos para as cidades catarinenses e vamos trabalhar fortemente para colocarmos cada um deles em prática.
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