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China detecta coronavírus em asa de frango importada do frigorífico Aurora de Xaxim

Caso está repercutindo nas agências de notícias do Brasil e do mundo nesta quinta-feira (13)
Por: LÊ NOTÍCIAS
13/08/2020 09:33 - Atualizado em 13/08/2020 14:12
Axe Schettini/Lê Notícias Aurora Alimentos de Xaxim mantém cuidados necessários no combate ao coronavírus Aurora Alimentos de Xaxim mantém cuidados necessários no combate ao coronavírus

Amostras de coronavírus foram encontrados em um carregamento de pedaços de frango congelados exportados do frigorífico Aurora de Xaxim para a China, informaram nesta quinta-feira (13) autoridades da cidade de Shenzen, no Sul do país asiático.

Uma amostra retirada da superfície de asas de frango congeladas deu positivo para o vírus. O número do Serviço de Inspeção Federal (SIF) na embalagem é da planta da Cooperativa Central Aurora Alimentos de Xaxim, que faz exportação de frango para dezenas de países

As autoridades de saúde de Shenzhen rastrearam e testaram todas as pessoas que podem ter entrado em contato com produtos alimentícios potencialmente contaminados, e todos os resultados foram negativos, disse o aviso da cidade.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma ser extremamente baixo o risco de alguém se contaminar com o novo coronavírus pela ingestão de alimentos ou mesmo pelo contato com embalagens contaminadas.

Ainda assim, autoridades sanitárias da China pedem cuidado redobrado da população ao comprar e consumir produtos congelados vindos de outros países. Antes da carne de frango brasileira contaminada, embalagens de camarão importadas do Equador já haviam apresentado resultado positivo em testes de detecção do coronavírus.

Nos últimos dias, testes em embalagens de camarão congelado equatoriano deram resultado positivo para o vírus em pelo menos três cidades chinesas — Yantai, Wuhu e Xi'an.

A China chegou a levantar a hipótese de que o surto de coronavírus que afetou um dos principais mercados de Pequim em meados de junho tivesse relação com carregamentos de frutos do mar congelados importados.

MERCADO

A contaminação de frango brasileiro pode provocar uma nova queda das exportações brasileiras para a China. Em fevereiro de 2019, Pequim passou a aplicar por cinco anos tarifas antidumping ao frango brasileiro, que vão de 17,8% a 32,4%.

O Brasil, maior produtor mundial de carne de frango, era até 2017 o principal fornecedor de frango congelado para a China, por um valor que se aproximava de US$ 1 bilhão por ano e um volume que representava quase 85% das importações do gigante asiático. Mas, nos últimos anos, o país perdeu parte do mercado para Tailândia, Argentina e Chile, de acordo com a consultoria especializada Zhiyan.

A China, onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez no fim de 2019, afirma ter controlado em grande medida a epidemia. Nesta quinta-feira, o país anunciou um balanço diário de 19 contágios, e a última morte provocada pelo vírus aconteceu em maio.

O Brasil é o segundo país do mundo mais afetado pela Covid-19, atrás dos Estados Unidos, com mais de 104 mil mortes e 3,16 milhões de casos.


NOTA OFICIAL DA ABPA

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informa que o setor produtivo está analisando as informações de possível detecção de TRAÇOS DE VÍRUS em EMBALAGEM de produto de origem brasileira, feita por autoridades municipais de Shenzen, na China.

Ainda não está claro em que momento houve a eventual contaminação da embalagem, e se ocorreu durante o processo de transporte de exportação. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil está em contato para esclarecimentos com o GACC (autoridade sanitária oficial da China), que fará a análise final da situação.

A ABPA reitera que não há evidências científicas de que a carne seja transmissora do vírus, conforme ressaltam a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Ao mesmo tempo, o setor exportador brasileiro reafirma que todas as medidas para proteção dos trabalhadores e a garantia da inocuidade dos produtos foram adotadas e aprimoradas ao longo dos últimos meses, desde o início da pandemia global.


NOTA OFICIAL DA ACAV

A Associação Catarinense de Avicultura - ACAV representando o setor agroindustrial de produção de aves, tendo por referência a notícia acerca da alegação de detecção de traços de vírus em embalagem de produto oriundo do mercado nacional remetido à China, vem por meio da presente informar que as autoridades brasileiras estão em contato com as autoridades chinesas na obtenção de informações precisas, reiterando, contudo, que o Brasil é um país de excelência na produção de proteína animal no mundo, seja pelo aspecto de sanidade, seja pela segurança dos processos produtivos, auditados reiteradamente por mais de 150 países para os quais o produto é exportado.

O processo produtivo brasileiro, reconhecido internacionalmente, sempre levou em consideração o respeito às pessoas, aos animais e ao uso intensivo de técnicas e tecnologias que levam excelência em qualidade e segurança do alimento colocando assim o Estado de Santa Catarina e o Brasil no topo da cadeia de produção e exportação de aves.

Nesta mesma linha, as evidências científicas demonstram que inexiste a possibilidade de contaminação em produtos de origem alimentícia, em especial nas proteínas animais, necessitando assim um esclarecimento das autoridades competentes quanto às alegações trazidas. A OMS – Organização Mundial da Saúde reportou recentemente a impossibilidade de contaminação de produtos alimentícios por COVID, o que dá a segurança necessária para reafirmarmos a qualidade do produto brasileiro.

O produto catarinense ao longo de mais de 40 anos de parceria e investimentos em pesquisa, sanidade e nutrição que envolvem o poder público e a iniciativa privada constantemente habilita o Estado de Santa Catarina em afirmar que o produto catarinense é seguro e de qualidade.

Florianópolis, 13 de agosto de 2020.

José Antônio Ribas Junior Presidente - ACAV


NOTA DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

Na manhã de hoje, foi publicada nota no site do município de Shenzhen, com informações da autoridade sanitária local sobre uma suposta detecção de ácido nucleico do coronavírus na superfície de uma amostra de asa de frango congelada, oriunda de um lote importado do Brasil.

Segundo a nota, outras amostras do mesmo lote foram coletadas, analisadas e os resultados foram negativos.

O Escritório de Prevenção e Controle de Epidemiologia de Shenzhen informou que todas as pessoas que manusearam ou entraram em contato com o material testaram negativo para a COVID-19.

Ainda na noite de ontem, após notícia veiculada na imprensa chinesa, o MAPA consultou a Administração-Geral de Aduanas da China - GACC buscando as informações oficiais que esclareçam as circunstâncias da suposta contaminação.

Até o momento, o MAPA não foi notificado oficialmente pelas autoridades chinesas sobre a ocorrência.

O MAPA ressalta que, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), não há comprovação científica de transmissão do vírus da COVID-19 a partir de alimentos ou embalagens de alimentos congelados.

O MAPA reitera a inocuidade dos produtos produzidos nos estabelecimentos sob SIF, visto que obedecem protocolos rígidos para garantir a saúde pública.


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