Ponte em cinzas
Um bombeiro, então candidato a governador de SC, foi a um evento em Chapecó afirmando que iria colocar fogo na ponte para que ninguém mais passasse por ela. Este raciocínio, criminoso de se intitular o César catarinense, sob uma farda que deveria alagar os ânimos e unir um Estado, é o maior placar de erros que se pode ter notícias. Narciso de sua chegada, Moisés viu-se na silhueta narcisista das águas calmas que as urnas lhe deram, anjo predestinado como falou, impecável, onipotente, insuperável. Colocou guardiões em lugares desnecessários para impedir o acesso. Por quê? Olhou-se capaz de, sozinho, resolver o que é necessário ser efetuado a muitas mãos. Agora indigna-se de seu orgulho, soberba tola no Olimpo que dissolve-se. Compra? Leilão? Varejão de votos na contabilidade parlamentar? Queimou a Ponte de acesso ao TJ, Alesc, TCE, entidades empresariais, partidos, pessoas. Olha para trás e vê cinzas do bom senso e do respeito, levadas pelo ciclone bomba.
INCOMPARÁVEL
Não é possível fazer qualquer leitura política que possa ser comparado Carlos Moisés a outro governador. Ele de fato é diferente em tudo. Nunca SC esteve em tão péssimas mãos. Tirando o valoroso secretário Paulo Eli, ali tudo é um desastre.
DESASTRE
Esta história de que o governo tem algo a ser aplaudido e que deve ser levado a sério, é sua incompetência generalizada. Nenhum outro governo foi tão formidável em ingerência como Carlos Moisés. Todos os prefeitos falam a mesma coisa. Até aliados.
UNÂNIME
Prefeitos ligados ao PSL, por exemplo, afirmam que o governador se quer liga para saber da situação de contaminação ou desastres naturais como os tornados frequentes no Estado. Sem aeronave para viajar, não tem como se deslocar para pulsar nas dores e soluções.
ISOLAMENTO
Até mesmo as lideranças filiadas ao partido do governador, não levantam uma só voz a seu favor porque reconhecem a dificuldade de argumentos por falta de sustentação verbal na sociedade. Ontem, seu aniversário, as manifestações são desconhecidas.
TEIA
Na relação entre o bombeiro e sua patética vice, a única coisa que aproxima a ambos é o lenço, ora com um, ora com outro. O interesse deste derrubar aquele, impressiona. Observam-se inúteis em um crochê maldito. Se fosse por encomenda, não seria tão perfeito.
VARAL
Ivan Naatz vai estender todo o conteúdo da CPI para que seja conhecida a colheita de erros, falta de competência e vigilância administrativa, crimes de responsabilidade que os membros da Comissão observaram durante os depoimentos. O deputado vai com bisturi na jugular.
FÚNEBRE
Se Carlos Moisés busca apagar os rastros deixados na praia de incompetência, sua vice vem logo atrás restabelecendo o crime no pedido de impeachment assinado por advogados renomados. A CPI corta a aorta, o Parlamento faz o velório.
BOBAGEM
Esta história de que SC nunca teve um impedimento, é um incentivo à parte. A cassação é dolorosa para quem sofreu. Collor e Dilma que narrem suas insônias. O país continuou. Se for perguntado aos festeiros do pós-queda, vão afirmar que o Brasil melhorou.
PROCON
Nada está em sintonia em SC. O maestro abandonou o palco há tempos. A maestrina, coadjuvante do caos, arrancou as cordas dos violinos, quebrou os arcos e a batuta. O pessoal que pagou o espetáculo, vaia sem parar. O jeito é cobrar o reembolso dos ingressos.
EUTANÁSIA
A forma mais dolorosa de desligar um aparelho, não é a conformidade da família, mas quem vai puxar a tomada. O governo agoniza e custa caro ao Estado manter esta incompetência viva. A CPI, plug ligado à energia parlamentar, é interruptor documental.
VERGONHA
O prefeito de Urubici jogou sua irresponsabilidade nas costas da Saúde. Usa os recursos sagrados para combater o coronavírus, dinheiro suado neste tempo de pandemia, para pagar os servidores municipais. Com a folha quase em 60%, chuta o município para o abismo. Enlouqueceu.
CADÊ
Cabe aos vereadores derrubarem esta irresponsabilidade e o cidadão bater forte. Recurso da Saúde para tapar buraco de má gestão não dá. O tucano Antônio Zilli joga contra a inteligência. A deputada Geovania de Sá, presidente da sigla em SC, precisa apertar o prefeito para parar de brincar com dinheiro público.
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