A cada dia sua agonia
Esperidião Amin usa muito este termo para expressar sua longe experiência política. O senador já ganhou, perdeu e, nos dois, riu. Quando assumiu, aproveitou para fazer uma administração que marca sua vida pública limpa. No resultado negativo, sempre foi estudar para aprimorar seus conhecimentos que já são altíssimos. Durante sua vida familiar e política, procurou deixar que apenas seu sobrenome forte entendesse seus tentáculos de poder que, em uma delas de modo inédito no país, ele governava o Estado e a esposa a capital deste. Às vezes, os problemas eram resolvidos no café da manhã quando, ainda menino, o filho agora deputado, ficava escutando-os para aprender. O rapaz que cresceu em sabedoria em casa, sabe que política é assim mesmo. Se não existe espaço vago, muito menos quem está nele ocupa sem a sabedoria que lhe é particular. Por isso que hoje, quando a mãe se prepara para tirar as dúvidas de 2018, sua responsabilidade é altíssima. Se tem muito cabelo ainda a cair para chegar à altura do pai, sabe que a Comissão que preside está além dos desafios eleitorais que permeiam sua ainda precoce liderança. O que carimbar no presente, vai dar o tamanho do seu futuro. Não assumiu uma comissão espinhosa por acaso. Se os pais estão finalizando a passagem política, ele só está começando. Quem sabe, entendeu.
AREIA
Jorge Tasca não gostou da atitude de seu parceiro de farda ao introduzir o Cavalo de Troia dentro do governo. O coronel viu-se afrontado com a presença de Gelson Merisio no controle e percebeu-se inútil.
CARTAS
O militar sendo mandado pelo civil foi a gota para encarar a cabeça de Tasca que já verte insônia. Arrependido, teria dito na sexta-feira que o pôquer já tinha orientação marcada e, portanto, sentia-se inútil.
INÚTIL
Jorge Tasca se sentir inútil dentro de um governo neste padrão, é ao quadrado. Ele estava muito bem na caserna quando escutou o chamado para participar do inferno administrativo. Quando viu-se fora, já estava caído.
TAMBÉM
Eduardo Pinho Moreira, que está sentindo a mesma afronta com Gelson Merisio no comando, já sinalizou para Paulo Eli retirar a foto da esposa com os filhos da mesa de trabalho. Já foi buscar uma caixa.
FORA
Quando Gelson Merisio anunciou sua candidatura ao governo, Eduardo Pinho Moreira atacou o então presidente da Alesc com raciocínio impublicável. Como Paulo Eli é seu DNA, sair é só piscar.
RELAÇÃO
Eduardo Pinho Moreira é de Criciúma. Esta geografia, por si, diz tudo. Para quem conhece do mapa político, Paulo Eli permanecer no governo seria manchar sua trajetória sob o comando de Gelson Merisio.
QUIETO
Paulo Eli tem liberdade para permanecer no governo. Sai se Eduardo Pinho Moreira olhar em sua direção. O atual secretário da Fazenda tutela Erário da Silva até seu líder ignorar o quadro. Quando sinalizar, desembarca.
ENTÃO
De Rancho Queimado, Paulo Eli não precisa se torrar. Uma fritada é suficiente para orientar pelo desembarque. Até porque, brilhante como sempre demonstrou, tem muito a oferecer no próximo governo.
FUTURO
A Fazenda tem um coletivo forte que trabalha na fiscalização firme. E com Erário da Silva obeso de arrecadação, o governador não tem nada a ver com isso. É o Sindifisco e Paulo Eli trabalhando junto.
DOMINOU
Gelson Merisio quer somente mostrar força, mas erradia muita liderança que acaba dissolvendo todo o palco. A saída de Tasca e o prenúncio de Paulo Eli, tem duas leituras.
LEITURA
Exauriu o tempo de Paulo Eli no governo. Se permanecer, embora ao lado da Mesa de descanso de Carlos Moisés, contamina-se de preguiça. Funcionário de carreira, brilha. Tem a chance de sair antes que a carta de despejo chegue.
MAIS
Gelson Merisio precisa da chave sob controle de Paulo Eli para libertar Erário da Silva a evacuar. Com a iminência da votação, imagina que o voto será medido pelo cheiro disso nos corredores da Alesc.
POIS
Para fazer efeito sobre reversão do placar da Cadeira Elétrica, muita coisa precisa acontecer. O MPF, que realizou as denúncias contra o presidente da Alesc, já começa a cheirar, mas são movimentos apenas, que não alteram nada.
NADA
Atacar o presidente da Casa é uma estratégia para tumultuar o processo de impeachment e tirar Carlos Moisés do foco. A sensibilidade dos deputados será testada hoje na Comissão de degola que empurra para a outra terça-feira gorda.
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