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Nascemos bons

Por: LÊ NOTÍCIAS
19/04/2017 13:52 - Atualizado em 19/04/2017 13:52

A corrupção não nasceu em Brasília. A Capital Federal não é o berço dela, por mais que a mídia insista em afirmar que é. Ela é natural de Santa Catarina, de São Paulo, da Bahia, dos menores aos maiores municípios e estados, o que acontece é que na terra de Oscar Niemeyer ela ganhou os holofotes. Mas, antes de acomodar-se nas 513 poltronas do plenário mais conhecido do País, ela descansou em colcha de retalhos. Bem mais tarde, após apagar várias velhinhas postas sobre o bolo caseiro, em companhia dos pais e dos padrinhos, é que ela passou a ser vista pela Casa presidida por Rodrigo Maia (DEM).

“Ninguém nasce corrupto. A corrupção vai se infiltrando em pequenas brechas até que se torna consentida e convenientemente justificada”, destacou certa vez a psicoterapeuta Silvana Lance Anaya. Muito tempo antes dela, o filósofo Jean-Jacques Rousseau já era incisivo ao afirmar que “o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe”. Assim fica fácil de compreender o porquê do ciclo ininterrupto de corrupções políticas, que lembra o cortar das cabeças da Hidra de Lerna. Assim como na mitologia grega, no Brasil parece acontecer o mesmo processo. Ao invés de facas, foices e machados, são as operações federais que se posicionam a guerrear contra o vício maquiado. Por aqui não há hidras, mas há a doença ética travestida de “jeitinho brasileiro”.

Muitos acham até engraçado tirar vantagem em situações corruptas. Engraçado enquanto é com o outro, porque quando atinge o destemido e tradicional autor ou alguém de sua família aí o tal jeitinho vira caso de polícia. Mas nem tudo está perdido. É preciso acreditar com veemência naqueles que estão chegando agora, pois, se assim for, em trinta ou quarenta anos o cenário político brasileiro deverá ser outro, pois o cenário comunitário dará o exemplo e mandará seus melhores para as bancadas.

Cidadãos melhores não nascem com fórmulas mágicas. Eles nascem de pais e mães comuns que, mais do que oferecer os melhores brinquedos, tem o caráter e a gratidão como obrigação na pauta de valores. Se os valores forem resgatados, mas o pensamento acompanhar a atual fase – com a luta contra os preconceitos e pelo fim dos discursos de ódio – sem dúvida teremos a política que gostaríamos de ter. É no desmascarar de fraudes, sistema judiciário mais firme e na boa educação no lar e nas escolas que encontraremos jeito para a Pátria Amada, Brasil.


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