Chapecó - A primeira rodada de negociação para fechar a nova Convenção Coletiva de Trabalho - CCT 2017/2018 na construção civil foi evolutiva, mas com desacordo em relação ao reajuste salarial. O diálogo, maduro e civilizado, sinaliza para breve entendimento entre as representações dos trabalhadores e empregadores, desde que exista convergência na questão salarial. A data base da categoria é 1º de maio, sendo muito provável que até lá as bases estejam fixadas e aprovadas pelas partes. Porém, nada é definitivo.
O consenso sobre o percentual de reajuste salarial é a principal questão em debate. Enquanto isso há concordância de ideias para renovar as cláusulas sociais. O início das negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Chapecó (Siticom) e o Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) relevou pronta disposição ao acordo. As tendências se igualam também nas posições envolvendo o nada atrativo momento econômico nacional.
A presidente do Siticom Izelda Teresinha Oro disse concordar com a crise, mas “não abre mão” de questões vitais aos trabalhadores e trabalhadoras. As crises “não são geradas pelas classes profissionais” por isso elas não podem ser responsabilizadas “pela incorreta e trágica gestão pública nacional”. Izelda e o presidente do Sinduscon André Badalotti Passuello, cada um com suas razões, “fecham posição” sobre a insegurança vivenciada pelo país, situação que cria total e absoluta instabilidade.
A dirigente sindical disse que esta inconstância, pode significar “iminente perda de direitos das classes trabalhadoras”. Diante desta aflitiva realidade “precisamos garantir avanços”. Justifica que a categoria merece e, acima de tudo, precisa de aumento salarial condizente. Mesmo assim serve apenas “para manter a subsistência familiar”.
Em discussão - O Siticom recebeu a contra proposta do patronato e agora a analisa para tomar posição e dar resposta. Izelda acredita que o consenso venha a ser logo estabelecido, até para evitar desgastes. No entanto, pondera que quer “equilíbrio” na fixação do percentual de reajuste e “justiça” ao trabalhador. Sem estes ingredientes, “indesejadas divergências poderão ser estabelecidas”.
Paralelo, o Siticom mantem negociação idêntica com os Sindicatos da Indústria Madeireira e Moveleira do Vale de Uruguai - Simovale e das Indústrias de Olaria, de Cerâmica para a Construção, de Mármores e Granitos - Sicec.
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