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Desembargadora Rosane Wolff é a relatora do 2º tribunal de impeachment

Por: LÊ NOTÍCIAS
30/10/2020 13:53 - Atualizado em 30/10/2020 13:54
Bruno Collaço/Agência AL Nome da desembargadora Rosane Wolff foi sorteado na manhã desta sexta (30), na sessão de instalação do tribunal Nome da desembargadora Rosane Wolff foi sorteado na manhã desta sexta (30), na sessão de instalação do tribunal

A desembargadora Rosane Portella Wolff foi sorteada para ser a relatora do Tribunal Especial de Julgamento referente ao segundo pedido de impeachment contra o governador afastado Carlos Moisés da Silva (PSL) no caso dos respiradores e do hospital de campanha de Itajaí. O sorteio ocorreu na manhã desta sexta-feira (30), na sessão de instalação do tribunal, realizada no plenário da Assembleia Legislativa.

Rosane terá até o dia 12 de novembro para entregar o parecer, no qual recomendará o acatamento ou o arquivamento da denúncia contra Moisés. De acordo com o juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), Cláudio Eduardo Regis de Figueiredo e Silva, a expectativa é que a votação desse parecer ocorra na segunda quinzena de novembro.

ROTEIRO
Na abertura da sessão desta sexta, o presidente do tribunal, desembargador Ricardo Roesler, reiterou o ineditismo do momento, com a instauração de dois processos de impeachment contra um governador de Estado, algo que nunca havia ocorrido no Brasil, desde a redemocratização.

"A partir de agora, a despeito de suas orientações políticas e ideológicas, todos nós atuaremos como juízes", afirmou o presidente. "E juízes podem ter um só medo: ou o medo de ter medo ou o medo de faltar com o seu dever", completou, lembrando que os julgadores devem "observar a Constituição da República e a legislação vigente" na elaboração de seus votos.

O presidente do tribunal apresentou o roteiro de julgamento aos integrantes. Ele ressaltou que o rito é o mesmo do primeiro tribunal, com as adaptações necessárias para o segundo pedido de impeachment. Uma das únicas mudanças é a possibilidade da realização das sessões às segundas, e não apenas às sextas, como ocorre com o primeiro tribunal. Tal alteração foi necessária para conciliar os trabalhos dos dois tribunais.

O sorteio do relator foi acompanhado pela desembargadora Sônia Maria Schmidt, pelo deputado Marcos Vieira (PSDB), membros do tribunal, e pelo ouvidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SC), Rogério Duarte Silva. A exemplo do primeiro tribunal, a urna utilizada para o sorteio, dos anos 1970, integra o acervo do Museu do Judiciário Catarinense.

O deputado Valdir Cobalchini (MDB), por ter sido o relator de denúncia na comissão especial da Assembleia Legislativa, não participou do sorteio. A desembargadora sorteada participou da sessão de instalação de forma remota.

A DENÚNCIA
O segundo pedido de impeachment contra o governador foi apresentado em 10 de agosto por 16 pessoas. Conforme a representação, Moisés teria cometido crime de responsabilidade na compra dos 200 respiradores mecânicos que foram pagos antecipadamente, mas não foram entregues; ao prestar informações falsas à CPI dos Respiradores; no processo de contratação do hospital de campanha de Itajaí; e ao não adotar procedimentos administrativos contra os ex-secretários de Estado Helton Zeferino e Douglas Borba.

Os autores da denúncia também pediram o impeachment da vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido), mas o caso dela foi arquivado, ainda na comissão especial da Alesc, por falta de provas.

O processo encaminhado ao tribunal misto conta com 8.120 páginas divididas em 48 volumes. Nele, Moisés é suspeito, com base na Lei 1.079/1950 (Lei do Impeachment), de não tornar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou na prática de atos contrários à Constituição (artigo 9º, 3); de proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo (artigo 9º, 7); e ordenar despesas não autorizadas por lei ou sem observância das prescrições legais relativas às normas (artigo 11, 1).

No relatório, a desembargadora recomendará o acatamento ou o arquivamento da denúncia. Caso o documento recomende a admissão e seja aprovado por maioria simples (seis votos favoráveis), Moisés terá um segundo julgamento por crime de responsabilidade.


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