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Deputada Ada de Luca critica tratamento à Mariana Ferrer durante audiência

Por: LÊ NOTÍCIAS
05/11/2020 11:17 - Atualizado em 05/11/2020 11:22
MDB Mulher Para deputada, que se pronunciou na sessão ordinária, caso é alerta para forma de tratamento da mulher em sociedade Para deputada, que se pronunciou na sessão ordinária, caso é alerta para forma de tratamento da mulher em sociedade

Em forte pronunciamento, durante a sessão da Assembleia Legislativa de Santa Catarina nesta quarta-feira (04), a deputada estadual Ada Faraco de Luca (MDB) comentou a repercussão do caso Mariana Ferrer. Segundo a parlamentar, o processo é complexo e desperta uma série de versões e ilações. Diante dos desdobramentos, Ada sugeriu uma reflexão sobre o tratamento da mulher na sociedade, principalmente nos casos de violência sexual.

“Este é um caso emblemático, que nos faz refletir e reagir à forma como as mulheres são tratadas em todo e qualquer ambiente. Isso vale para o âmbito Judiciário, mas vale também para dentro de casa, nos momentos de lazer, no mercado de trabalho, enfim, em toda a convivência social”, disse a deputada.

Sobre o processo, decidido em setembro na primeira instância, é fundamental se ater à lei, disse Ada. Quanto ao tratamento dispensado à jovem mulher durante a sessão de julgamento, com base nas imagens publicadas na imprensa, a deputada foi taxativa: “ficou comprovado o flagrante desrespeito à jovem mulher”. “No vídeo, que eu assisti com perplexidade, vemos humilhação. Vemos uma mulher sendo classificada pela roupa que veste, pelo jeito que fala, por chorar, por trabalhar como promotora de eventos. Vemos que fotos produzidas pela jovem enquanto modelo profissional foram trazidas como argumento para analisar o caso, sem que tivessem qualquer relação com o fato”, afirmou a parlamentar, que aguarda acesso à íntegra do julgamento para analisar se houve outros casos de desrespeito.

Presidente da Bancada Feminina na Assembleia Legislativa, Ada também assinou a nota conjunta do colegiado sobre o caso. “Mostramos nosso repúdio a atitudes que permitam essa afronta à dignidade”, declararam as deputadas.

LEI FORTALECE PROVAS E COMBATE IMPUNIDADE
As estatísticas catarinenses sobre estupros são alarmantes. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2017 apontou que o Estado teve a maior taxa de tentativas de estupro no país e ficou em quinto lugar em fatos consumados. O relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2018 mostrou que o índice de estupros em Santa Catarina cresceu 88% desde o início da série histórica, em 2010.

“Esse crime, que é hediondo, gera o trauma físico, e deixa, também o trauma psicológico”, lamentou Ada, autora da lei que cria o Programa de Atenção às Vítimas de Estupro. “A confirmação de provas que caracterizam o crime de estupro é uma das principais maneiras de responsabilizar os culpados e fortalecer o combate à impunidade”, afirmou a deputada.


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