Desde que mundo é mundo, onde não se tem regras reina o caos, a anarquia, a desordem.
Qualquer governo, de direita ou esquerda, progressista ou conservador, baseia-se em normas e no poder de império do Estado exigir, sob diversidade de penas (penal, administrativa, civil, militar, etc.), que se cumpra as normas por ele criada.
A questão da obrigatoriedade ou não de passaporte vacinal tem gerado debates mundiais, máxime com o recente fato envolvendo o tenista número um do mundo, o sérvio Novak Djokovic, que não obteve permissão de circular livremente na Austrália (onde aterrissou recentemente no afã de disputar um torneio naquele País) ante o fato de não ter comprovado estar vacinado.
O ponto não é ser “a favor ou contra” obrigatoriedade de vacinas, mas sim em as leis: i) servirem para todos, ii) somente para quem não-ocupa-posição-privilegiada ou iii) para ninguém.
Desde a Roma antiga existem Leis, Decretos, que deitam raízes, ainda, no Egito “dos Faraós”, ao passo que uma sociedade minimamente organizada vive de consenso, ainda que mínimos, por meio de leis que devem prever fórmulas gerais e impessoais a serem aplicados a todos indistintamente.
Assim, sem sequer adentrar no mérito da decisão das autoridades australianas que impediram a livre circulação do tenista número 1 do mundo em suas terras, cumpre registrar que tal País ao exigir um requisito para a entrada de estrangeiro em seu território deve medir todos pela mesma régua, sob pena de privilégios indevidos.
Esse fato lembra outro não menos curiosos, a saber, quando a seleção brasileira de futebol conquistou o tetracampeonato na Copa dos Estados Unidos, e aterrissou no Brasil com o avião abarrotado de produtos, quando Romário disparou: “ganhamos a Copa e ainda vamos ter que pagar impostos?”.
Sim cara pálida, leis servem para isso, para todos cumprirem!
Ah, mas alguém poderia objetar que é esdrúxulo exigir comprovação de vacina, que não se deveria obrigar etc., mas aí é já é outro debate que deve anteceder a edição da lei.
Não custa recordar que não é de hoje que diversos países exigem a efetiva comprovação de vacinação contra uma série de doenças para que os turistas possam nele desembarcar, e não há nada de errado nisso, é questão de soberania de cada País em estipular os critérios para a entrada em seu território.
Queres um mundo sem controle de fronteira?
Junte-se ao sonho do “esquerdista” falecido John Lennon que cantava imaginar (música: imagine) não existirem países nem fronteiras, apenas um povo... até lá obedeça às regras da onde queres entrar, pois, como bem diz o ditado gaudério: “Touro em potreiro alheio é vaca, né não Djoko!”.
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