Com uma arrecadação total de R$ 2,56 bilhões, o mês de novembro demonstrou mais um ótimo desempenho segundo avaliação do Sindifisco SC (Sindicato dos Fiscais da Fazenda de Santa Catarina). O índice geral de incremento da arrecadação total ficou em 10,1% e no ICMS o crescimento foi de 5,7% quando comparado com novembro de 2019. No ano, o crescimento acumulado até o mês de novembro está em 1,7%.
“Dentro do esforço fiscal do Estado, um dos destaques foi o ITCMD (Imposto Causa Mortis e Doações) que desempenhou muito bem, com crescimento maior que 50% em relação a novembro do ano passado, o que demonstra claramente o empenho dos auditores fiscais que atuam nessa área”, avalia José Farenzena (Zeca), presidente do Sindifisco.
Zeca destaca ainda o desempenho dos Grupos Regionais de Ação Fiscal, responsáveis por um crescimento de 37%, claro reflexo das atividades de fiscalização, auditoria, monitoramento e acompanhamento dos contribuintes no desempenho da arrecadação, com as malhas fiscais operando e ações de fiscalização presencial reforçadas nos últimos meses. De acordo com o presidente, a entrada dos novos auditores fiscais aprovados no último concurso tem contribuído diretamente nos bons resultados, principalmente nas malhas fiscais e no desenvolvimento das auditorias fiscais.
“Aliado a isso, Santa Catarina foi o Estado que alcançou o maior saldo na geração de empregos formais do país, entre janeiro e outubro de 2020. Consequentemente, observou-se o crescimento da renda e do consumo das famílias, com reflexo direto no comércio varejista”. Por fim, o presidente aponta como um dos fatores que pesaram para o crescimento de dois dígitos o aumento nos repasses da União, principalmente do Fundo de Participação dos Estados e do IPI - “este último representando a retomada intensa da atividade industrial do Estado”, conclui.
Crescimento mesmo sem antecipação de receitas
O auditor fiscal Sérgio Pinetti, diretor de políticas e ações sindicais, explica que no final de outubro o Estado revogou dispositivos que tratavam da antecipação de recursos tributários do ICMS. “O Estado recebia cerca de R$ 400 milhões de ICMS antecipadamente, de empresas dos setores de distribuição de combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. Com a revogação desse mecanismo, no mês de novembro esses recursos não foram recebidos e, mesmo assim, o ICMS arrecadado chegou perto de R$ 2,1 bilhões”. Em dezembro, segundo Pinetti, esse efeito vai cessar, então, “aliado ao fato do aquecimento da atividade econômica em função do pagamento de 13o e das compras de fim de ano, temos a expectativa de alcançar a marca de R$ 3 bilhões na arrecadação total”, completa.
Entre os grupos setoriais, os melhores desempenhos foram nos setores de supermercados (51%), materiais de construção com mais de 46%, bebidas (27%), transporte de mercadorias, com 27,7% e redes de varejo com 25,5% - que também são indicadores da retomada da atividade econômica - e, por fim, embalagens, com crescimento superior a 17%.
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