A Secretaria de Segurança, em conjunto com a Secretaria de Assistência Social retomaram o programa Justiça e Práticas Restaurativas, um caminho para a cultura de paz no município de São José. O programa teve início em 2018, mas foi suspenso em razão da pandemia do novo coronavírus.
Apesar das poucas ações realizadas, o município apresentou números exitosos, atraindo a atenção do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina e sendo eleito como cidade piloto para a implantação da JR em diferentes espaços: escolas, Fórum, na própria Prefeitura, entre outros.
Na última semana no mês de junho, a Mestre em Educação, Professora Elisiani Cristina de Souza de Freitas Noronha, instrutora capacitada pela Ajuris/RS para formar facilitadores, esteve em reunião com profissionais de casas de acolhimento conveniadas ao município através da Secretaria de Assistência Social, com intuito de implementar rodas de conversa e círculo de construção de paz nas instituições.
Conforme Elisiane, a Justiça Restaurativa propõe tratamento adequado de conflitos e relacionamentos, convidando os envolvidos a compartilhar suas histórias e compreenderem os impactos daquele ato ou fato, assumindo responsabilidade ativa e engajamento para construção de um futuro desejado. “Durante todo o processo, ressalta-se o protagonismo dos interessados e de suas micro-comunidades de afeto e referência. Além de resolver, procura transformar conflitos e relacionamentos em melhores oportunidades de convivência”, explica.
Atualmente, São José tem instituído o Núcleo de Práticas Restaurativas de São José (Nuprar), formado por cerca de 100 facilitadores e coordenado pela Prof. Elisiani Noronha. Está previsto a formação de novos facilitadores a partir de agosto de 2021, onde estima-se abrir duas novas turmas para formar aproximadamente 40 novos profissionais.
“Saber utilizar a Comunicação não violenta em seu ambiente familiar e profissional será de suma importância para servidores da PMSJ e outros profissionais. É fato que a Guarda Municipal reiteradas vezes é chamada nos Postos de Saúde para resolver conflitos. E muitos deles devem-se ao fato da fala ou escuta equivocada. O mesmo acontece nas escolas, conflitos entre alunos, entre alunos e professores, entre professores e pais, etc”, finaliza a instrutora.
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