Soltar a voz após um gol, pintar o rosto de verde e amarelo e reunir os amigos na frente da TV. A Copa do Mundo é muito mais do que futebol, ela representa também a união de pessoas com um amor em comum: a Seleção Brasileira. Na última quinta-feira (14), aconteceu o primeiro jogo da Copa, com a disputa entre Rússia e Arábia Saudita. A Seleção Verde e Amarela entre em campo no domingo (17) e joga contra a Suíça. Na Unochapecó, as bandeiras verde e amarela já se espalharam pelos setores. Logicamente, que esse momento não poderia passar em branco.
Diferente da Copa de 2014, em que o resultado não foi favorável para a Seleção, neste ano a expectativa de muitos é de que o timão verde e amarelo leve a melhor. Patrick Pedra é um exemplo. O acadêmico de Engenharia Elétrica da Unochapecó está ansioso para ver os jogos e espera que o Brasil se destaque. "Minha expectativa é que dê Brasil e Alemanha na final para a gente se vingar", brinca o estudante.
Para se ter ideia de como o amor do brasileiro pela Copa é forte, basta relembrar a edição passada, em que as ruas do País ficaram vazias antes dos jogos do Brasil. Todos se reuniram dentro de suas casas, nos trabalhos, na faculdade, ou até mesmo no bar mais próximo. Tudo para não perder um único lance. Larissa Dalberto sabe bem como é acompanhar o Mundial. Sua primeira lembrança vem da infância, quando se reunia na frente da TV com os pais para ficar de olho nos lances. "Eu lembro de 2002, minha segunda Copa. Lembro da hora que o Brasil ficou campeão e que a gente saiu na rua para comemorar. Eu estava pintada de verde e amarelo, minha camiseta era verde e amarelo, a rua estava toda pintada de verde e amarelo. É uma lembrança que me marcou bastante, eu tinha cinco anos", relembra. Hoje, quando o Brasil entra em campo, a estudante, que escolheu o curso de Jornalismo da Unochapecó justamente pelo seu amor por futebol, não sai do sofá nem para ir ao banheiro. "Eu não saio da frente da televisão por nada", afirma.
O professor Hilário Junior sabe bem como é ser apaixonado pelo futebol e pela Seleção Brasileira desde pequeno. O diretor de Ensino da Unochapecó carrega consigo a primeira lembrança da Copa, de 1990. Na época, ele tinha 10 anos. "Lembro-me de acompanhar, torcer e vibrar pelo Brasil", comenta. Para este ano, Hilário não acredita que o país se tornará campeão, mas espera que ele possa recuperar sua honra perante a torcida, por conta de sua última atuação. "Nós precisamos recuperar um pouco essa honra. Não precisamos ganhar para recuperar, mas é preciso mostrar um futebol consistente", pontua.
TIMÃO VERDE E AMARELO
A trajetória do Brasil na Copa do Mundo se destaca perante as demais seleções. Isso porque, foi o único time a estar presente em todas as competições. Além disso, é o que possui mais títulos, ao todo cinco. Em 1958, a Seleção Brasileira ergueu a taça de campeã do mundo pela primeira vez. Assim seguiu nas edições de 1962 e 1970. Os dois títulos subsequentes vieram em 1994, quando o Brasil derrotou a Itália por 3 a 2, nos pênaltis. Em 2002, Brasil venceu a Alemanha por 2 a 0. Até hoje, o país foi sede de duas Copas, nos anos de 1950 e 2014.
Para os mais novos, a Copa de 2018 significa muito mais do que qualquer outra. É um sentimento que surgiu em 1930, ano da primeira Copa, e perdura até hoje, passando de geração para geração. "Meu irmão tem cinco anos, é a primeira Copa dele. Ele está super empolgado que vai começar e a gente vai torcer para o Brasil. É um sentimento que vai passando para as pessoas e que contagia todo mundo", acrescenta Larissa.
TORCIDA ORGANIZADA
Para quem já conhece o sentimento e vai acompanhar a Copa do Mundo mais uma vez, a empolgação não muda. Patrick espera por esse momento desde a última atuação do Brasil. "Eu espero quatro anos para isso. Reunir os amigos, se vestir de amarelo, pintar o rosto, comprar um monte de guloseimas para comer, sentar onde sobrar lugar na sala e só comemorar", comenta o estudante.
Na Unochapecó, a ansiedade também é grande. Por conta disso, durante os dias que o Brasil entrará em campo, os funcionários e estagiários da Universidade poderão acompanhar as partidas em casa, ou no espaço que será dedicado especialmente para isso, na Biblioteca Universitária. Um momento de torcer e abraçar o colega ao lado, mesmo que nunca tenham trocado uma palavra. É hora de se reunir com diferentes pessoas e partilhar um mesmo desejo: a conquista do hexa.
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